quinta-feira, 28 de julho de 2011

Jogo Dezesseis, Battleatoads.


Com o jogo em mente e espada empunhada, liguei o Dingoo, na lista de games do Nes seleciono Battletoads. Eis que do além um voz estremece o ar que respiro:

- Quem ousa jogar Battletoads?
- Eu. - Respondi tentando esconder todo o meu medo.
- Sofrerás por isso, mortal. Hahahahaha...

Após a risada malévola, a voz some e deixa meu destino traçado. Jogarei Battleatoads e sobreviverei? Só o tempo e meus dedos irão dizer... Bom, depois desta introdução dramática (Quem jogou sabe o motivo do drama) vamos ao que interessa: Battletoads

Vai jogar? Boa sorte.

Como muitos já sabem, este jogo é tido como o mais amável dos mais odiados jogos da geração 8 bits, ou melhor, talvez de todas as gerações. Nenhum jogo conseguiu ser tão difícil e, ao mesmo tempo, tão cativante ao ponto de levar o jogador à loucura de jogar, jogar, jogar e não passar de fase.

Sapo Vs. Porco

Battletoads é um jogo de plataforma de "porrada" onde o jogador (ou dois jogadores) deve controlar um dos sapos guerreiros da história para resgatar um amigo e, adivinhe, uma princesa. No meio do caminho o personagem pode usar o que encontrar para bater nos vilões, até mesmo pedaços de inimigos destroçados. Outro ponto legal, quando você consegue uma sequência de golpes, a mão (ou o pé) crescem cartunescamente e desfere um golpe mortal. Comandos tradicionais: Um botão para porrada e outro para pulo, além do clássico "dois toques no direcional" para dar "ombrada" ou pular mais longe.


Perna de robô na cabeça deles ou...

... um "Big Punch out".


O jogo é famoso por sua dificuldade alta depois de poucos minutos de gameplay. Com gráficos bons, animações legais entre fases, jogabilidade certinha e uma trilha razoável, o game cativou mais fãs pelo desafio insano do que propriamente pela diversão.

Outro ponto de vista, o do "Evil Robot Boss".

Existe um misto de fases, o que torna o game bem legal. Os produtores foram criativos em diversos momentos. Por exemplo, quando enfrentamos o chefe da primeira fase, o jogo passa a ter a visão em primeiro pessoa do Boss. Em outra fase, o nosso personagem deve fazer rapel e lutar enquanto segura as cordas para não cair. Em outra, é preciso utilizar um veículo em alta velocidade. Só para constar, o game não se perde na mesmice. Até quando pausamos o jogo, uma música "bizarra"toca. Quer mais? Na terceira fase, os "inimigos" do jogo Space Invaders tentam roubar o "Life" do personagem, numa clara homenagem ao jogo de tiros. Mais? Tem: para ganhar pontos de vida o sapão tem que conseguir fisgar moscas com sua língua em alguns pontos dos cenários. Pois é, nada cai no "comum" aqui.

Curte rapel?

A fase onde 90% dos jogadores desistiram de jogar Battletoads é a fase onde nosso querido sapo guerreiro deve passar entre obstáculos de pedra utilizando um veículo que parece um jetsky. Não sei o que os programadores comeram no dia que fizeram tal fase, mas uma coisa é certa, até hoje eles devem rir do sofrimento alheio.

Eis a fase onde muitos se aposentaram.

Eu suei muito no meu regresso ao game, e de cara confesso, sem os “save state” que temos hoje como recurso, não sei se teria paciência e coragem de levar o jogo até o final. O importante é que retomei a série para me divertir e não apenas pelo desafio que outrora me fazia arrancar os cabelos.


Na tela, in game.

Bom, independente do apelo, Battleatoads ganhou várias outras versões em vários outros consoles, até um crossover com o (aclamado) Double Dragon. Se eu recomendo? Recomendo se você é um gamer hardcore, do tipo que joga Mega Man 1 sorrindo e assobiando. Se não é, bom, é melhor jogar algo mais parecido com The Sims.


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