Com o jogo em mente e espada empunhada, liguei o Dingoo, na lista de games do Nes seleciono Battletoads. Eis que do além um voz estremece o ar que respiro:
- Quem ousa jogar Battletoads?
- Eu. - Respondi tentando esconder todo o meu medo.
- Sofrerás por isso, mortal. Hahahahaha...
Após a risada malévola, a voz some e deixa meu destino traçado. Jogarei Battleatoads e sobreviverei? Só o tempo e meus dedos irão dizer... Bom, depois desta introdução dramática (Quem jogou sabe o motivo do drama) vamos ao que interessa: Battletoads.
Vai jogar? Boa sorte. |
Como muitos já sabem, este jogo é tido como o mais amável dos mais odiados jogos da geração 8 bits, ou melhor, talvez de todas as gerações. Nenhum jogo conseguiu ser tão difícil e, ao mesmo tempo, tão cativante ao ponto de levar o jogador à loucura de jogar, jogar, jogar e não passar de fase.
Sapo Vs. Porco |
Battletoads é um jogo de plataforma de "porrada" onde o jogador (ou dois jogadores) deve controlar um dos sapos guerreiros da história para resgatar um amigo e, adivinhe, uma princesa. No meio do caminho o personagem pode usar o que encontrar para bater nos vilões, até mesmo pedaços de inimigos destroçados. Outro ponto legal, quando você consegue uma sequência de golpes, a mão (ou o pé) crescem cartunescamente e desfere um golpe mortal. Comandos tradicionais: Um botão para porrada e outro para pulo, além do clássico "dois toques no direcional" para dar "ombrada" ou pular mais longe.
O jogo é famoso por sua dificuldade alta depois de poucos minutos de gameplay. Com gráficos bons, animações legais entre fases, jogabilidade certinha e uma trilha razoável, o game cativou mais fãs pelo desafio insano do que propriamente pela diversão.
Perna de robô na cabeça deles ou... |
... um "Big Punch out". |
O jogo é famoso por sua dificuldade alta depois de poucos minutos de gameplay. Com gráficos bons, animações legais entre fases, jogabilidade certinha e uma trilha razoável, o game cativou mais fãs pelo desafio insano do que propriamente pela diversão.
Outro ponto de vista, o do "Evil Robot Boss". |
Existe um misto de fases, o que torna o game bem legal. Os produtores foram criativos em diversos momentos. Por exemplo, quando enfrentamos o chefe da primeira fase, o jogo passa a ter a visão em primeiro pessoa do Boss. Em outra fase, o nosso personagem deve fazer rapel e lutar enquanto segura as cordas para não cair. Em outra, é preciso utilizar um veículo em alta velocidade. Só para constar, o game não se perde na mesmice. Até quando pausamos o jogo, uma música "bizarra"toca. Quer mais? Na terceira fase, os "inimigos" do jogo Space Invaders tentam roubar o "Life" do personagem, numa clara homenagem ao jogo de tiros. Mais? Tem: para ganhar pontos de vida o sapão tem que conseguir fisgar moscas com sua língua em alguns pontos dos cenários. Pois é, nada cai no "comum" aqui.
Curte rapel? |
A fase onde 90% dos jogadores desistiram de jogar Battletoads é a fase onde nosso querido sapo guerreiro deve passar entre obstáculos de pedra utilizando um veículo que parece um jetsky. Não sei o que os programadores comeram no dia que fizeram tal fase, mas uma coisa é certa, até hoje eles devem rir do sofrimento alheio.
Eis a fase onde muitos se aposentaram. |
Eu suei muito no meu regresso ao game, e de cara confesso, sem os “save state” que temos hoje como recurso, não sei se teria paciência e coragem de levar o jogo até o final. O importante é que retomei a série para me divertir e não apenas pelo desafio que outrora me fazia arrancar os cabelos.
Bom, independente do apelo, Battleatoads ganhou várias outras versões em vários outros consoles, até um crossover com o (aclamado) Double Dragon. Se eu recomendo? Recomendo se você é um gamer hardcore, do tipo que joga Mega Man 1 sorrindo e assobiando. Se não é, bom, é melhor jogar algo mais parecido com The Sims.
Nenhum comentário:
Postar um comentário